sábado, 26 de outubro de 2013

Gasolina com 'z' em questão do Enem vira piada nas redes sociais

Por Juliana Diógenes, estadao.com.br
Palavra surgiu em uma charge na prova de Ciências Humanas; o Ministério da Educação alegou que o termo está de acordo com a grafia da época

Neste sábado, 26, primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma questão virou motivo de piada nas redes sociais por ter a palavra "gazolina", com a letra z, no enunciado. No Caderno Branco, o item 43 traz uma charge que ironiza a política desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek (1956-1961).

No texto do enunciado, a questão reproduz o diálogo da charge:

"JK - Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estadas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gazolina brasileira. Que mais quer?

JECA - Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!"
(Reprodução)

A usuária do Twitter Leninha Araújo (@AderleneA) diz "GASOLINA COM Z ENEM? Pode isso, Arnaldo?".

Também no Twitter, Giovana Espadim escreveu: "#aprendinoenem que gasolina se escreve com Z".

No Instragram, Isabella Alves (@isaaahs2) publicou uma foto da questão, com a palavra "gazolina" sublinhada: "Como acreditar em um exame que escreve GASOLINA com Z? #ENEM2013 #ERRO #PORTUGUESNOTA1000 KKKKKKK"

O Ministério da Educação (MEC) informou que a charge foi retirada de um veículo de comunicação de época, quando a palavra ainda era grafada com a letra "z". A instituição nega que tenha sido erro da prova.

Segundo o professor Francisco Achcar, coordenador de Língua Portuguesa do cursinho Objetivo, para manter a grafia da palavra com 'z', o correto seria acrescentar a expressão "sic" entre parênteses. "Seria bom se resguardar; para dizer que estava assim no original e que o erro não é do MEC", afirma Achcar. Outra possibilidade seria colocar a palavra com 's'. A reforma ortográfica da década de 1940, segundo ele, já havia mudado a grafia do verbete 'gasolina'.

Já o professor de História do Cursinho da Poli Elias Feitosa afirmou que o texto da charge foi escrito antes da reforma ortográfica de 1971, quando a palavra era grafada dessa forma. "Não foi um erro. Apenas retratou a maneira como a palavra era grafada na época", disse. /Colaborou Guilherme Soares Dias, especial para o Estado

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