quinta-feira, 31 de outubro de 2013

UFOPA deverá ser nova gestora do navio-hospital Abaré


UFOPA deverá ser nova gestora do navio-hospital Abaré I
Participantes da reunião em Brasília com Ministro Alexandre Padilha (ao centro).
A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) deverá ser, no próximo ano, a nova gestora do navio-hospital Abaré I, embarcação que atua no atendimento à saúde de populações ribeirinhas dos municípios de Santarém, Belterra e Aveiro, no Oeste do Pará. A proposta foi apresentada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao reitor José de Seixas Lourenço, em reunião realizada no último dia 18, em Brasília, e aceita pelas instituições de ensino superior que têm interesse em participar do Programa de Saúde Fluvial do Ministério da Saúde. Participaram da reunião o reitor e o vice-reitor da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Prof. Juarez Antônio Simões Quaresma e Prof. Rubens Cardoso da Silva, o Superintendente de Saúde da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Boulos, e o diretor do Departamento de Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço de Oliveira.
No mesmo dia, em reunião técnica coordenada pelo diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Alexandre Ramos Florêncio, o reitor Seixas Lourenço discutiu a sustentabilidade financeira do navio-hospital Abaré I com técnicos do Ministério da Saúde; o promotor de justiça Túlio Novaes; os secretários municipais de saúde de Santarém, Valdenira Cunha, e de Belterra, José Antônio Rocha; a diretora da Secretaria Estadual de Saúde do Pará (Sespa) em Santarém, Eliane Miranda; e reitores da UEPA e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A aquisição do navio, de propriedade da organização não-governamental (ONG) holandesa Terre des Hommes, deverá ser negociada pelo Ministério da Saúde, que também será responsável pelos custos de manutenção, ampliando o valor repassado anualmente ao Fundo Municipal de Saúde de Santarém. Em parceria com as demais instituições, o acordo deverá garantir a atuação do navio não apenas nos serviços de saúde que já vinham sendo prestados, mas também na função de hospital-escola. “A Universidade entra como uma solução, como um mediador importante para dar mais estabilidade ao uso desse barco, que não só continuaria com o seu atendimento às populações ribeirinhas, razão pela qual foi construído, mas também funcionaria como um hospital de ensino. E essa é a razão pela qual o Ministério da Saúde vislumbra a UFOPA como viabilizadora do processo”, afirma o reitor Seixas Lourenço.
Fator determinante para a escolha da UFOPA foi a proposta preliminar de criação do Instituto de Saúde Coletiva (ISCO), que formará profissionais da área de saúde com foco diferenciado na atenção primária à saúde da família e das comunidades de periferia das cidades, com equipes multidisciplinares. “Em vez de formar, como a maioria dos cursos, especialistas que acabam não querendo ir para o interior, a proposta traz uma outra visão: formar um profissional talhado para trabalhar na região”, diz o reitor. A proposta inclui a oferta do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde Coletiva, seguindo o modelo acadêmico da UFOPA. No documento, entregue pelo reitor ao Ministro, a Universidade também se dispunha a atuar como facilitadora para a atuação do navio Abaré I.
A UFOPA agora deverá apresentar, até o final deste mês, ao Ministério uma proposta de operação da embarcação, bem como elaborar um termo de adesão das instituições de ensino superior que o utilizam ou venham a utilizá-la como hospital-escola. Além das instituições que já fazem uso do navio, UEPA, USP e Unifesp, a ideia é abrir a parceria a outras instituições de ensino que queiram atuar na área, bem como a organizações não-governamentais.
Comunicação/UFOPA

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