segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Moro sofre pressão após prisão de PALOCCI


moro-e-palocci
“Virou guerra” Após prisão de Palocci hoje, Moro sofre pressão e tem mais de 12 pedido de afastamento no CNJ.
O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, preso temporariamente hoje (26) na 35ª fase na Operação Lava Jato, chegou às 9h à Superintendência da Polícia Federal, na capital paulista. Ele foi preso em casa, na região dos Jardins, zona oeste da capital. Buscas também foram cumpridas em seu escritório.
Ex-assessores de Palocci foram presos temporariamente na operação. Branislav Kontic foi levado para a superintendência na capital e Juscelino Dourado, preso em Campinas, está a caminho de São Paulo. Os três seguem, ao meio-dia, em comboio para o aeroporto de Congonhas, de onde partem para Curitiba. Além das prisões, a polícia cumpre mandados de condução coercitiva para cinco pessoas, cujos nomes não foram divulgados. Duas delas já estão na superintendência e duas não terão a condução cumprida, uma por motivo de viagem e outra por doença.
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, criticou a prisão de seu cliente, dizendo que tudo ocorreu de maneira secreta, ao estilo ditadura militar. “Estamos voltando aos tempos do autoritarismo, da arbitrariedade. Não há necessidade de prender uma pessoa que tem domicílio certo, que foi duas vezes ministro, que pode dar todas as informações quando for intimado. É por causa do espetáculo?”, disse.
E mais: O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná, é alvo de 12 representações que pedem que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) investigue se ele cometeu infrações disciplinares no caso.
A maior parte das ações (nove delas) foi motivada pela interceptação e divulgação de gravações do ex-presidente Lula pela Lava Jato que atingiram até mesmo a presidente Dilma Rousseff –outras três tratam de questões gerais da atuação do juiz.
Os pedidos de apuração foram apresentados por sindicatos, advogados de várias partes do país e um vereador ligado ao PT, entre outros.
O mais recente foi protocolado nesta terça-feira (22) por 14 senadores –três deles são investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta participação na Lava Jato: Humberto Costa (PT-PE), Gleisi Hoffman (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ).  Segundo os congressistas, o CNJ precisa avaliar a atuação de Moro: “A divulgação da mesma gravação ilegal está feita por determinação escrita do juiz Sergio Moro ao levantar o sigilo das interceptações tendo ciência não só de sua ilicitude, mas de que havia nelas diálogos de pessoa com prerrogativa de foro, sendo essa a presidenta da República”.
A ação faz duras críticas ao juiz. “É preciso reconhecer que a partir de determinado momento a Operação Lava Jato passou a ser conduzida de forma midiática e espetacularizada. O juiz que a conduz mostra-se seduzido pela ‘fama’ e faz um diálogo com o segmento social insatisfeito com o governo federal não no sentido de esclarecê-lo e acalmar os ânimos, mas ao oposto”, afirma os senadores.
“Seus atos tendem a incitar a população à subversão da ordem política e social. E o grave é que não encontra mais os limites das leis e da Constituição Federal como parâmetros”, completou.
Pelas regras do CNJ, que é o órgão com poder para investigar atos de magistrados, a ministra corregedora Nancy Andrighi faz uma análise inicial de admissibilidade da representação. Caso entenda que são admissíveis, ela apresenta o caso ao plenário e propõe abertura de uma investigação que precisa ser votada. Se aprovada, é nomeado um relator entre os 15 integrantes do Conselho.
Esse processo disciplinar pode ser arquivado ou levar a diversas penalidades ao juiz –em último caso, a sua demissão.
A coluna Painel mostrou nesta terça (22) que a corregedora negou dois pedidos liminares contra Moro. Um queria o afastamento da função de juiz e outro, a proibição das divulgações de delações e escutas.
A ministra pediu que Moro se manifeste sobre os pedidos do Sindicato dos Advogados da Paraíba e de Antônio de Pádua Pereira Leite em 15 dias.
Nome de advogado de Lula é novidade

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O padre educador e poeta que amava Santarém


Padre Manuel Rebouças e Albuquerque nasceu aos dezesseis dias de julho de 1907, no estado do Amazonas, no Seringal Monte Carmelo do Rio Acurauna, no então município de São Felipe, hoje Eirunepé. Filho de cearenses: Tomás Rodrigues e Maria Rebouças e Albuquerque.

Aos dois anos de idade veio com seus pais de mudança para Santarém do Pará: o menino Manuel fez os primeiros estudos iniciados na Fazenda da Cerquinha, tendo sua mãe como primeira professora. Aos nove anos já na cidade de Santarém, continuou os estudos com a professora Rosinha Passos. Matriculou-se no grupo escolar, transferindo-se depois para o colégio São Francisco, de onde aos quatorze anos, ingressou no Seminário de Tefé no Amazonas.

Em 1925, foi mandado pelos Padres da Congregação do Espírito Santo para Portugal, onde terminou e ser ordenou Sacerdote em quinze de setembro de 1935. Como missionário trabalhou durante onze anos na prelazia de Tefé. Regressou a Portugal, onde foi professor, em Braga, durante três anos. Retornado a França, depois a Portugal, e em 1950 voltou ao Brasil, fixando residência em Santarém do Pará. Neste período, criou a escola Maria Goreti, no bairro da Prainha, onde funciona a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Madre Imaculada.

No Brasil e em Portugal, publicou várias obras de História, de Prosa, de poesia e de Cânticos Religiosos, recebidas em louvores pela crítica dos dois países.

Entre seus livros tiveram grande repercussão: "Maria Minha Poeta", "Estrela para a tua Fronte", "Brasil do meu Amor", "Cristais Sonoros" e "Meu Sabiá".

No Estado do Pará, Padre Manuel Albuquerque era sócio correspondente da Academia de Letras no Maranhão. Foi lançado no final de 1960 em Belém do Pará o livro intitulado: "Sorrisos de Minha Mãe", mais uns semente de reconhecida fecundidade poética, o Padre Manuel Albuquerque plantou, trabalhou de condensação religiosa e sentimentalista, cristalizado na salvadora e apostolar doçura do Evangelho; conhecemos o Padre Manuel Albuquerque, por isso, mesmo não calamos os seus méritos de poeta. Antes da sua morte compôs o soneto que deveria ser lido logo após seu último suspiro:

"Prova Infalível"

Quando eu soltar meu último suspiro;
quando o meu corpo se tornar gelado,
e o meu olhar se apresentar vidrado,
e quiserdes saber se inda respiro,

eis o melhor processo que eu sugiro:
— Não coloqueis o espelho decantado
em frente ao meu nariz, mesmo encostado,
porque não falha a prova que eu prefiro:


— Fazei assim: — Por cima do meu peito.
do lado esquerdo, colocai a mão.
e procedei, seguros, deste jeito:

— Gritai “MARIA!” ao pé do meu ouvido,
e se não palpitar meu coração,
então é certo que eu terei morrido!

Assim terminou sua vida a 07 de janeiro de 1977, no Rio de Janeiro, deixando muitos trabalhos realizados em benefício da pobreza.

Fonte: Escola Padre Manuel Albuquerque

“Notável reviravolta” na presunção de inocência

STF causou “notável reviravolta” na presunção de inocência, critica Marco Aurélio Mello
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela libertação de todos aqueles que tenham sido presos após decisão de segunda instância e que ainda tenham recursos pendentes de decisão em tribunais superiores, em consequência do recente entendimento do STF que acolheu a possibilidade de cumprimento antecipado da pena. Leia mais
Fonte:  http://jota.uol.com.br/TIXL3